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A representatividade da mulher negra na literatura

A representatividade da mulher negra na literatura — ainda — é pequena, mas é forte, e existe há muito tempo. Caso não saiba, a primeira escritora brasileira é negra, mas, por muito tempo, os espaços culturais ficaram sem vozes negras e pardas. A maioria dos locais foram designados para serem representados por homens brancos e heterossexuais, e em um país cuja escravidão durou mais de 500 anos, a invisibilidade de uma pessoa negra, ainda mais mulher, é quase que inevitável. E é dever de todos desconstruir isso.

Uma forma de dar voz ao problema do racismo e de combater o preconceito é a literatura, que sempre esteve junta ao ativismo, que ganhou forças na última década, graças à internet. Pela escrita, autoras de todos os lugares conseguiram e conseguem, cada vez mais, ganhar espaço que antes só homens brancos conseguiam.

Veja e conheça algumas de suas autoras.

Vamos começar a lista com a primeira romancista do Brasil, que representa a maioria do país: mulher e negra. Maria Firmina nasceu em 1825 e foi a primeira mulher a se rebelar contra o machismo que as não deixava escrever, publicando seu primeiro livro, Úrsula, em 1859. Autodidata, adquiriu sozinha todo o conhecimento que possuía.

Usou sua escrita como forma de denunciar a condição submissa e inferior das mulheres e dos negros da época — pleno regime escravista e patriarcal. Além de estrear a literatura brasileira de autoria feminina, também foi criadora do primeiro romance abolicionista do país (citado acima). Trouxe o negro e o escravo, cujas presenças normalmente eram ocultadas e ignoradas dos romances, como personagens principais de suas obras. Tanto o escravo quanto a mulher tiveram voz e humanidade na escrita de Maria Firmina.

2. Carolina Maria de Jesus

Carolina era moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, e trabalhava como catadora. Arranjou, no lixo, um caderno, que fez dele seu diário. Nele, registrou seu cotidiano como mulher negra, mãe e favelada. Quando descoberta por um jornalista, o livro lançou como Quarto de Desperto — Diário de uma favelada, lançado 1960.

Além de ter feito enorme sucesso, e batido alcance de grandes autores como Jorge Amado, com Gabriela, Carolina foi inspiração e referência para outras mulheres negras do país na época.

3. Conceição Evaristo

Além de autora, Conceição é doutora em literatura, e é militante ativa do movimento negro. Uma das maiores escritoras negras do Brasil da atualidade, cada vez mais lida, inclusive em outras línguas, em 201, foi candidata à Academia Brasileira de Letras. Depois de uma campanha feita por seus fãs, que foi simplesmente a maior campanha popular da história, recebeu apenas um voto, contra 11. Essa seria a primeira vez que uma mulher negra ocuparia uma cadeira da Academia; lembrando que o órgão já passou 80 de silêncio feminino, quando foi fundado.

Ganhou um prêmio Jabuti com seu livro Olhos D’água, onde é representada a realidade afro-brasileira. Afirmando que o melhor jeito de lutar contra o preconceito é escrever sobre ele, tem outros sucessos como Ponciá Vicêncio, que também é sobre a discriminação racial, de gênero e de classe.

4. Djamila Ribeiro

Uma das principais vozes do ativismo negro do país da atualidade, Djamila, em pouco tempo, tornou-se a figura mais popular do Brasil para falar de luta contra o racismo. Seus livros O Que é Lugar de Fala? (2017) e Quem tem medo do Feminismo Negro? (2018) venderam milhares de cópias e estiveram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, nos mais vendidos da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty).

Colunista da Folha de São Paulo e considerada uma das 100 pessoas mais influentes abaixo de 40 anos, segundo a ONU, seus livros relatam sobre a invisibilidade e o silêncio da pessoa negra, que hoje tem mais acesso a espaços que antigamente não tinha. A autora fala sobre privilégios, empoderamento, democracia e mais assuntos que envolvem sua vivência como mulher negra em um país conservador. Seu novo livro, Pequeno manual antirracista, lançado esse mês, aborda como conhecer as raízes do racismo e como combatê-lo.

5. Mel Duarte

Primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam, campeonato internacional de poesia, que integra a programação da FLUP (Festa Literária das Periferias), em 2016, no Rio de Janeiro; foi convidada, no ano seguinte, a representar a literatura brasileira no Festival de Literatura Luso-Afro-Brasileira em Luanda, Angola.

Publicou os livros Fragmentos Dispersos (2013), Negra Nua Crua (2016) e Querem nos calar: Poemas para serem lidos em voz alta (2019). Seus poemas descrevem a solidão da mulher negra, a descoberta do corpo e da sensualidade — e como os corpos negros femininos são sexualizados — ,os cabelos crespos e, sobretudo, a necessidade da representatividade e voz. Segundo a autora, mulher bonita é mulher que vai à luta.

6. Bianca Santana

Jornalista, escritora, pesquisadora e militante feminista. Bianca saiu da periferia e hoje mora em bairro classe média, mas não se sente parte de lá. Frequente no ambiente acadêmico, ela ainda não se sente completamente confortável, já que é um local onde mulheres negras estão começando a conquistar seus espaços. De acordo com ela, tem que haver luta para pertencer a esses espaços, e através de sua própria luta, ela inspira inúmeras pessoas.

Em seu livro, Quando me descobri negra (2015), é uma coletânea de textos que surgiu a partir de escritos que ela publicava na internet; alguns mais pessoais, como sobre a morte do pai e a existência de um irmão — que escondeu até do marido — , e alguns que, por mais que igualmente vindos de sua própria experiência, mais pessoas conseguiam se identificar, pois se tratavam do cotidiano de uma mulher negra de comunidade. É sobre o racismo estrutural da sociedade em que vivemos, que nega nossos ancestrais e cultura.

7. Elizandra Souza

Elizandra nasceu na periferia de São Paulo, cresceu em uma pequena cidade da Bahia, e depois retornou à capital paulista. Criou o Mjiba, coletivo de poesia para mulheres negras. Depois, participou do jornal Becos e Vielas, que pretendia dar visibilidade à cultura periférica. Hoje é editora da Agenda Cultural da Periferia na Ação Educativa.

Ela é autora do livro Águas de Cabaça (2012), que foi produzido, editado e publicado por mulheres negras. A obra é uma série de poemas fala sobre violência contra a mulher e a força da mulher negra.

8. Jenyffer Nascimento

Os primeiros textos publicados da pernambucana foram poemas publicados na coletânea Pretextos de mulheres negras (2013), que contou com a experiência autobiográfica de mais vinte e uma autoras. Em 2014, fez seu primeiro trabalho individual, lançando Terra Fértil, pelo coletivo Mjiba (fundado pela Elizandra Souza, citada acima).

A autora se inspira no que acontece no cotidiano: fala muito sobre o amor, identidade, diferenças sociais, machismo e racismo, de forma intensa e envolvente. “Faz um tempo que estou a buscar a minha história, aquela que não foi contada”, diz.

9. Esmeralda Ribeiro

A escritora e jornalista Esmeralda Ribeiro é uma das coordenadoras do projeto Quilombhoje, grupo paulistano fundado em 1978 com o objetivo de combate ao racismo e construção de uma experiência afro-brasileira na literatura. O coletivo é responsável pela publicação da série Cadernos Negros, antologias publicadas anualmente há quarenta anos, alternando entre contos e poemas.

A autora também participa regularmente de congressos e seminários nacionais e internacionais, a fim de incentivar maior atividade da mulher negra na escrita.Em 1988, ano em que se completava o centenário da abolição da escravidão, Esmeralda publicou o volume de contos Malungos e Milongas, história de uma família negra, com quatro irmãos muito unidos, mas com muita discriminação na narrativa.

10. Eliana Alves Cruz

Sua primeira obra foi com o romance Água de Barrela, após cinco anos de pesquisa sobre a própria família, dos tempos da escravidão até os atuais. Assim, a história contempla a realidade de três gerações de uma família negra no Brasil. O livro ganhou o primeiro lugar no Prêmio Oliveira Siqueira, concurso promovido pela Fundação Cultural Palmares, em 2015, que o publicou no ano seguinte.

Em 2016, participou da 39ª edição dos Cadernos Negros, contribuindo com poemas, e no ano seguinte, escreveu dois contos para a 40ª edição. Seu outro livro, O crime do cais do Valongo (2018), um romance histórico e policial, é inspirado no período em que muitos escravos chegaram ao Brasil por esse cais e foram escravizados e mortos nele. A obra, focada na história, tem como propósito resgatar a memória cultural e social afro-brasileira.

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