Standing at the Sinners Gate

I watch you. See the things you do. Day in, day out. You come together and fall away like splinters in a kaleidoscope. There’s no logic in it. No sense. I study the rules of you — pull the strands…

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daquele dia que escrevi pra mim.

fazendo uma volta no tempo percebi que tudo sempre esteve aqui, não teve uma linha sequer que eu não tenha escrito. tudo foi exposto, foi espontâneo, demonstrado e detalhado. sobre muitas indagações se realmente era necessário, eu sempre acabei fazendo. aqui cabe o parênteses que era o fazer que fazia seguir adiante, então não houve nenhum problema nisso. eis então o dia que eu escrevi pra mim. escrevi pra mim coisas que nunca antes enxergava em mim, era sempre sobre os outros. até me dar conta que só falava sobre os outros aquilo que sentia em mim, enxergava em mim e fazia por mim. ou seja, tava escrevendo um amontoado de mentiras, impressões vazias que me levaram na volta do tempo de quando nada disso era assim. mas então como era? não conseguia lembrar. nem com muita força, em nenhum detalhe, em nenhuma linha, nenhuma vírgula, nada do que eu me lembrava ainda dizia respeito de tudo aquilo que eu achava que era. apesar de tudo ter sido escrito, não foi dito e assim passou. eu me olho e não me reconheço. me leio e não me reconheço. já nem falo mais para não temer a própria voz. tudo o que falo aqui dentro já é perturbador o bastante. parece que tudo precisava ser assim “onde se deve estar, onde se deve ser” (…) para então chegar aqui, em lugar de nenhum sentido, nada mais sentido e tudo revirado. assimilando a verdade de que sempre foi assim. desde o primeiro dia que escrevi pra mim. (2812)

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